Lupin: a Rainha em xeque


Resenha

Publicado pela @PlanetaLivrosBR e se passa alguns anos antes do início da primeira temporada da série adaptada na @NetflixBrasil.


As primeiras impressões que tive, creio que nas 25 páginas iniciais, foi positiva. Com exceção do prólogo que pareceu meio deslocado no tempo: se passando em 1910, mas descrevendo certas tecnologias que naquela época ainda não estavam disponíveis. Estranhei, mas segui interessada.
Me aproximando da página 100, estava instigada com a leitura rápida e com a narrativa dinâmica, porém foi justamente em um momento em que estava com pouco tempo para leitura, do contrário teria terminado mais rápido. Tanto que ainda cultivei a esperança de finalizar no final de semana que se seguiria. Porém, ao passar do primeiro terço do livro comecei fazer observações mentais…

Observações até demais.
A forma como o autor descrevia os personagens durante a história, me pareceu pobre. Como se não conseguisse utilizar sinônimos ou se falar nomes fosse algo proibido. Um exemplo que me irritou profundamente: um dos personagens principais sendo chamado de gigante insistentemente. Algumas vezes durante a obra, ok, eu entendo. Mas em toda página? Em duas ocasiões duas vezes na mesma página. A todo momento? Repetitivo. Exaustivo. Não aguentava mais ler “o gigante isso”, “o gigante respondeu”… Insustentável.
Com isso, continuei a leitura e, apesar do começo promissor, o livro foi só ladeira abaixo. O enredo possui muitos buracos e tudo acontece de forma tão conveniente que deixa de ser crível. Os vilões são caricatos e os protagonistas elaboram planos infalíveis dignos do Cebolinha. Senti a minha inteligência ofendida com o desenrolar do plano se mostrando.
Reforço que essa impressão que tive de um enredo de aventura/mistério fraco, pode ser devido ao fado de que estou muito acostumada com histórias mais elaboradas para o gênero. Realmente não consigo definir se foi por isso ou se é uma história fraca mesmo. Mas contra fatos, não há argumentos: em alguns momentos realmente faltou mínimo de pesquisa. Depois o início meio deslocado no tempo fez todo sentido: faltou pesquisa, não era algo proposital.


Outra coisa que me incomodou foi a linha temporal. Os personagens falavam como se o cerne que desencadeou a história toda fosse algo muito antigo. Mencionavam de uma forma que dava a impressão de que ao menos dois séculos tinham se passado, quando não se tinha passado sequer um século. Não daria tempo de existir tantas gerações no meio.
Foi uma leitura frustrante, porque comecei muito empolgada. Queria ter realmente curtido.


Bertrand Puard é um escritor e roteirista francês. Apaixonado pela literatura, Bertrand Puard já trabalhou em uma editora antes de se dedicar a escrita. Escreveu mais de trinta livros de gêneros variados. Também atua em roteiros relacionados ao mundo do cinema, televisão, jogos e quadrinhos.

Já leu o livro? O que achou? Me conta aí nos comentários!

Uma resposta para “Lupin: a Rainha em xeque”

  1. Avatar de Iasmmyn Silva
    Iasmmyn Silva

    A esse livro tá na minha lista ❤️❤️❤️

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