“A VIDA é muito efêmera, às vezes você não tem outro remédio a não ser fazer tudo ao mesmo tempo, se quiser tirar algum proveito dela.”
Resenha
Que Pedro Almodóvar faz filmes insanos e desconfortáveis, acho que todo mundo já sabe. Mas que ele também escreve coisas tão loucas quanto seus filmes, pra mim pelo menos, foi uma surpresa.
Patty Diphusa e Fogo nas entranhas é um livro com duas histórias.
A primeira na verdade é uma coletânea de crônicas que ele escreveu pra uma revista moderninha ainda no século passado, fruto da Movida espanhola (movimento de contra cultura que começou na década de 70 e durou até o fim dos anos 80). Essas crônicas tem tudo aquilo que faz Almodóvar ser quem é: muito sexo, deboche, acidez. Já aviso que não é pra quem se ofende com facilidade, afinal ele sempre foi incorreto. A Patty Diphusa é um personagem controverso, atriz pornô e viciada em sexo e é ela quem “escreve” a coluna.
Já fogo nas entranhas é um conto estapafúrdio onde um chinês, inventor e fabricante de itens menstruais, resolve se vingar de todas as mulheres que o abandonaram da maneira mais louca e que envolve todas as pessoas do país: um absorvente que deixa as mulheres com um fogo insaciável que chega a ocasionar algumas mortes.
O livro é bom, mas é mais uma curiosidade pros fãs do diretor que estão acostumados com o politicamente incorreto que permeia sua obra cinematográfica.
Resenha por @soterradaporlivros
Pedro Almodóvar é um dos cineastas mais prestigiados do mundo. Nascido em 1949, na Espanha, o diretor também é roteirista, ator e produtor de cinema. Seu trabalho já lhe rendeu mais de 150 prêmios por filmes como Tudo sobre minha mãe, A pele que habito e Dor e glória. Marcada pelo melodrama, irreverente humor, cores ousadas, citações da cultura popular e complexas narrativas, sua obra tem criado grande impacto mundial nas últimas décadas.
Já leu o livro? O que achou? Me conta aí nos comentários!
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