A Contadora, de Freida McFadden

Sabe quando você pega um livro e devora? Aqueles que, mesmo que você acabe identificando algum probleminha, é impossível de largar? Eis que Freida McFadden fez de novo.

Sério… Eu li em um dia!

Mas antes de comentar sobre a minha experiência de leitura, vou apresentar uma das protagonistas: Dawn Schiff. Para seus colegas de trabalho, ela é funcionária excêntrica e isolada. Com uma rotina rigidamente cronometrada e zero habilidades sociais, ela é vista mais como uma curiosidade do que como uma ameaça. Porém, sua ausência repentina no trabalho e uma ligação anônima perturbadora colocam Natalie Farrell, a outra protagonista e uma sucedida funcionária do departamento de vendas, no centro de uma teia de segredos.

A narrativa é tensa, ágil, sem muitas descrições. Os capítulos curtos são um convite para fazer aquelas promessas que todo leitor faz: só mais um. Quando percebe, terminou o livro num piscar de olhos.

Li outras obras da autora e é uma constante a forma como ela consegue nos prender em suas tramas que trazem essa atmosferas de suspense crescente. Nessa obra, temos dois pontos de vista: o de Natalie e Dawn, que se comunica com o leitor através dos e-mails que enviou para sua melhor e única amiga. A cada virada de página as informações e revelações que nos são apresentadas fazem o leitor ser capaz de visualizar tudo.

Me senti “vendo” um filme enquanto lia.

O contraste entre as protagonistas é um dos principais pontos da obra e Dawn, que claramente é uma pessoa neurodivergente, vive em busca de uma aceitação por parte de Natalie que aparentemente nunca vai chegar…

É uma obra que aborda alguns temas que podem ser gatilho, como bullying. Se é um tema sensível para você, leia com cautela.

Falando um pouco do enredo, posso afirmar que gostei bastante do seu desenvolvimento. Mesmo que, novamente, a autora buscou saídas para tentar “enganar” o leitor. É recorrente em seu estilo de enredo e às vezes essas reviravoltas não se sustentam de forma verídica. Aqui eu fiquei com uma sensação esquisita, de forçação de barra, sabe? Mas mesmo assim, a jornada pela história de Dawn valeu a pena.

Recomendo porque, no fim das contas, Freida McFadden entregou mais um thriller com narrativa viciante, daquelas farofas bem gostosas que são ideais para sair de uma ressaca literária. Apesar de psicologicamente violenta, é uma obra que é entretenimento puro. Se gosta de thrillers nesse estilo, vai em frente!

Autora best-seller internacional e primeiro lugar nas listas do New York Times, do USA Today, do Publishers Weekly e do Sunday Times, Freida McFadden é médica, especializada em lesões cerebrais. Freida é vencedora do Thriller Writers Award e do Goodreads Choice Award. Seus livros já foram traduzidos para mais de quarenta idiomas. Ela mora com a família e com seu gato preto em uma casa centenária com vista para o mar.

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