


Esse foi um dos livros mais angustiantes que li esse ano. Aliás… Nos últimos anos.
Heather Morris é conhecida por entregar enredos que trazem à tona histórias reais, abordando tudo com muita sensibilidade. Foi testemunha disso ao ler “O tatuador de Auschwitz”, mas “As irmãs sob o Sol Nascente” conseguiu me tocar ainda mais.
Por ser mulher, creio que o que foi vivido pelas protagonistas mantidas em cativeiro pelo Exército japonês na Indonésia, durante a Segunda Guerra, me abalou muito mais. É comovente e, ao mesmo tempo, angustiante, retratando a luta das irmãs para manterem sua humanidade e esperança em meio a tenta crueldade.

Novamente, pude apreciar uma escrita clara e direta da autora. Praticamente me senti assistindo a um documentário, que acompanhou o dia a dia das prisioneiras. Suas perdas, suas dores, cada horror vivido, foi de fácil visualização. Mesmo assim, havia momentos de doçura e sororidade entre as mulheres. Elas só tinham umas às outras e nada mais. Cada uma contribuindo para aliviar o martírio que todas estavam passando.
Foi uma leitura bem impactante porque são histórias que não costumam ser contadas. A Segunda Guerra levou terror aos quatro cantos do planeta, mas algumas dessas vozes raramente são ouvidas…
Essas mulheres foram. Morris contou suas histórias, adaptando nomes e personagens, mas mantendo a essência histórica.
No livro, vemos fotos das protagonistas e conhecemos seus rostos. Nesta, tão pequena, mas tão gigante. Norah, com sua força inabalável…




Amei cada página;
Doeu em mim cada sofrimento.
Recomendo tanto. Vocês não tem noção de como é um livro necessário. Mas leiam com calma. É uma obra cheia de gatilhos de violência e abuso, então pode ser sensível para algumas pessoas. Espero que possam apreciar mais uma obra incrível dessa autora.


HEATHER MORRIS nasceu na Nova Zelândia. Autora best-seller #1 no mundo todo, é apaixonada por histórias de sobrevivência, esperança e resiliência. Em 2003, enquanto trabalhava em um grande hospital de Melbourne, na Austrália, Heather conheceu um senhor que “talvez tivesse uma história para contar”. Esse senhor era Lale Sokolov, o tatuador de Auschwitz. O dia em que Lale e Heather se conheceram mudou de forma definitiva a vida dos dois. Dia a dia, conversa a conversa, sua amizade ficou cada vez mais forte, e dessa convivência nasceu o grande best-seller mundial O tatuador de Auschwitz. Sequência de O tatuador de Auschwitz, A viagem de Cilka foi o segundo romance da autora. Logo depois veio Três irmãs, conclusão da Trilogia do Tatuador, com a história de três sobreviventes do Holocausto que conheceram Lale no campo de concentração e extermínio. Juntos, os livros de Heather Morris já venderam mais de 16 milhões de exemplares no mundo. As irmãs sob o sol nascente é o quarto romance da autora.
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